“bicicleta” em processo de impressão gráfica
by mandragora79
a nossa revista (a última) está pronta para entrar em processo de impressão gráfica – presentes nesta edição:
– bruno vilão > portugal pag. 2/3
– victor belém > portugal – homenagem pag. 4/5
– fernando aguiar > portugal pag. 6/7
– renato suttana > brasil pag. 8/9
– abreu paxe > angola pag. 10/11
– pere sousa > espanha pag. 12/13
– m. almeida e sousa > portugal pag. 14/15
– jorge vicente > portugal pag. 16/17
– babalith – gravity zero III > portugal pag. 18/19
– augusto garuzzi > brasil pag. 20/21
– edward kulemin > russia pag. 22/23
– álvaro mendonça > portugal pag. 24/25
– maria joão carrilho > portugal pag. 26/27
– javier seco goñi > espanha pag. 28/29
– nuno moura > portugal pag. 30/31
– iris > portugal pag. 32
– francisco soares > angola pag. 33
– raquel zarazaga > espanha pag. 34/35
– rafael dionísio > portugal (na china) pag. 36/37
– felipe zapico > espanha pag. 38/39
– luis meireles > portugal pag. 40/41
– alexandre vilas boas > brasil pag. 42/43
– josé bivar conta sobre vasco câmara pestana > portugal pag. 45/45
– jogos d’arte > projecto “mail art” de mandrágora – catálogo pag. 46/53
do editorial (de bruno vilão)
“Deixa-me pintar os dias da cor mais estranha e saltar de uma palavra para a outra como se não houvesse gravidade e dá-me um guarda-chuva para flutuar quando tiver de cair torna-te temerário e deixa-me torcer a realidade como quem grita e murmura por mais mas dá-me a liberdade para inverter o curso de um dia qualquer um qualquer mesmo mesmo aquele que menos te interessar quero rebentar como um fogo-de-artifício a preto e branco que era o que eu sempre devia ter feito rebentar como um fogo-de-artifício a preto e branco com um estrondo de uma outra ilusão para sussurrar muito baixo eu não quero implodir eu não quero implodir eu não quero implodir para depois gritar bem alto eu quero explodir quero explodir quero explodir e desatar a correr até os músculos estalarem e deixa-me fechar os olhos para ver mais claro do que sempre como naquele dia em que nos desvendámos na escuridão todos os dias me deito sobre mim e todos as noites relembro outonos daqueles cheios de uma neblina de chamas em estalactites a perfurarem os sentidos os mesmo que me obrigam a encenar uma falsa calma à espera de um dia qualquer e todas as noites adormeço apreensivo ao som do bater dos relógios da minha mente deixa-me agora mergulhar numa palavra escrita a magma e incendiar os teus dias como naquele filme sem argumento e sem palavra e sem imagem que é a maior lição da espuma da vida não pensar em argumentos palavras imagens e apenas correr até ficar cansado e beber um copo de gin para matar a sede para depois continuar a correr a correr a correr a correr de um lado para o outro para baixo do sonho onde há astros desalinhados e por mais que corra não sei se sou capaz só quero sonhar mais um pouco para ver como se faz”